quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Fim de ano com Roberta Sudbrack


Tudo começou com uma noite em que eu já havia bebido um pouquinho, já estava meio 'alto'e twittei a Roberta Sudbrack perguntando qual seria a programação do RS. Só meio fora de si pra tentar ir na RS de uma hora pra outra e ainda por cima disposto a pagar o menu degustação 'Experiência Sudbrack'. Depois viria perceber que na verdade qualquer pessoa em sã consciência deveria passar pelo que passei.

Depois de saber que o RS funcionaria até o dia 30.12, liguei, e obviamente estava totalmente reservado. Deixei meu nome na lista de espera e comecei a sonhar com possíveis desistências... Alguns tweets pra lá... outros tweets pra cá e a gerente do RS, extremamente atenciosa por sinal, me ligou confirmando a minha reserva! Adrenalina... êxtase... emoção... ansiedade...

Quem me conhece sabe que sou a ansiedade em pessoa! Fiquei pilhando o pessoal que iria comigo para não atrasarmos e conseguimos chegar às 21:45h (a reserva estava marcada para as 22h). Já adianto que saimos do RS por volta das 02:15h. Vejam... não é qualquer experiência... são inúmeras sensações que vocês devem se permitir! Se acabasse às 05:00h da manhã, eu admito que não reclamaria!

Escolhemos pela experiência de 8 pratos, que, no final, foram uns 300 pratos, além de 2 garrafas de espumante e 1 de vinho... Eu nunca havia me deparado com um mise en place desse porte... se vocês aprenderam a contar só até 10, não vão conseguir contar qtos talheres estão na mesa. Mandei ver na tradicional regra do 'vai de fora pra dentro' e tudo correu bem!



Pra começar a brincadeira, vieram alguns pãezinhos (se é que eu posso chamar aquela 'deliciosa massa' de 'pãozinho') com manteiga aviação sem sal, porém salgada especialmente pela RS. Era possível sentir o sabor único do pãozinho...
Ainda, veio uma espécie de pão de queijo feito com massa de carolina e queijo gruyere, que simplesmente desmanchava na boca.





Com o estômago forrado... vieram as gemas caipiras... mas vejam... só as gemas, com quinoa. Mas quinoa, quinoa? Não man... quinoa frita e quinoa cozida. Demi-salgadinho... muito bom! A gema, depois de penetrada, espalhava seu líquido no recipiente.



Detalhe da cumbuquinha que trouxe as gemas...



Em seguida, veio o famoso aspargo em caramelo picante! No aspargo, a cada centímetro de comprimento tinha uma ervinha diferente que transformava o aspargo em várias viagens diferentes!



Agora... o próximo prato foi algo fora do comum-explicável-entendível-do-universo-astral: camarão croustillant em tartare de tomate e lichia. Meu, sério... primeiro, o camarão nesse tal de croustillant, veio em um ponto de cozimento totalmente ótimo. A lichia... cortada em mini-cubículos dava um sabor totalmente diferenciado. Não podemos nos esquecer do hortelã ultré-ultré-fino que só jogava o sabor exponencialmente pra cima!





Todos já comentavam outros detalhes do lugar: a luminosidade, a atenção do Alexandre (que servia nossa mesa), o conforto, enfim... já estávamos totalmente inseridos e tomados pelas sensações...

O peixe, foi um vermelho em vinagrete crocante de maxixe. Maxixe... a primeira coisa que veio na minha cabeça foi a dança do maxixe, que é um homem no meio com duas mulheres fazendo sanduíche. Eu, na minha total ignorância gastronômica, apreciava cada garfada sem imaginar a dificuldade de fazer cada prato... me 'limitava' ao sabor... que estava distante de tudo que já havia apreciado... mas muito distante... mas muito, muito, muito... Sabe quando você compara uma coisa com outra e fala: "ah, está em outro patamar, não dá pra comparar". Então... no RS você estará MUITOS patamares acima...



Pedimos ao Alexandre, que nos trouxe um maxixe pra gente ver... e, enfim, tirar a música da minha cabeça!



Os próximos pratos, digo próximos, pois pedimos um repeteco! kakakakaka Admito que se fosse pra eu escolher um para repetir, teria escolhido o camarão croustillant, mas ali, no momento, uma amiga cantou a bola de pedir um repeteco do ravióli de beterraba assada e parmigiano e a unanimidade tomou conta de nós.
Quando pedimos, o Alexandre apenas perguntou se todos queriam o repeteco e se retirou. De repente, enquanto conversávamos, ele, quase que sorrateiramente, começou a dispor, novamente, os talheres do ravióli na mesa... qdo percebi, falei: "ha Alexandre, se tu tá colocando o talher é pq vai rolar, né?". Ele respondeu positivamente apenas com um sorriso. Achei muito legal da parte do RS não vir diretamente dizer, 'apenas' preparar o ambiente para receber novamente o ravióli.





A galinha d'angola assada em alta e baixa temperatura e polenta macia com escarola defumada surgiu... imponente! Cada prato veio uma parte diferente da galinha... e vou te dizer que veio substanciosa! O ponto da galinha d'angola fazia a carne dela soltar levemente no garfo e na boca.





Sério... estava fora do comum... como eu já disse anteriormente de algum outro prato... aliás... esse adjetivo cabe a tudo no RS!

Uma das pessoas que estava comigo não comia carne de frango e nem de vaca. Informados
anteriormente, o RS preparou um vermelho com 'infinitas' ervas... ou florzinhas... com as batatas croustillant. Obviamente que eu também experimentei. E essas batatas... vou te contar uma coisa viu... preciso aprender como 'croustillar' as coisas urgentemente!!!!!! Essa batata foi a única que tinha restado para a foto, tamanha foi a voracidade do pessoal nas batatas!





Espero que não tenham se cansado de ler... tem chão, ou melhor, tem muita comida pela frente!

Seguindo a tradição francesa, eu acho, um queijo de cabra viria nos surpreender com seu parceiro, uma broa, que eu, particularmente não me lembro se era de milho, mas... que juntos, tinham uma força descomunal (só pra não falar 'fora do comum' novamente). Cabe aqui outro detalhe: era bem comum percebermos um toque doce e um toque salgado em praticamente todos os pratos... potencializando o sabor final. O queijo e a broa vieram servidos em uma pedra... do mesmo tipo da pedra que, em breve, nos trariam o brigadeiro de colher! Em breve... não agora!



Prontos para entrarmos no doce mundo doce da RS, a siriguela transformada em sorbet 'feito na hora' tirou sorrisos da cara de todos. A pequena colher 'dava' um sabor especial ao sorbet. Quando perguntei o sabor do sorbet, Alexandre falou juntamente com meu amigo, quase que sincronizados.



Sorbet finalizado, já era hora do mil folhas crocante de frutas vermelhas e licuri. Olha, se havia realmente 1000 folhas eu não sei. Só sei que apreciei cada 1 das folhas que estavam ali... juntamente com as frutas vermelhas e um creme que... segundo uma amiga que estava conosco: "dava vontade de fazer amor em cima do creme".





Pô, legal... fechou e tal... todo mundo feliz, alegre e contente!!! Negativo my friend... senta que tem mais!

Ainda veio um tartalle de chocolate (não me lembro se o nome era tartalle mesmo....) com chocolate amargo em pozinho... quentinha... até gente que não comia doce mandou ver... e era lindo ver os olhinhos de todos brilhando... A massa deliciosa. Bem fininha...




Cabou? Não! Relaxa!

Tivemos direito a um conjuntinho de doces... bombinhas, massinhas com doce de leite... tudo feitos a seu tempo... se é na hora é na hora, se tem que deixar algumas horas, são algumas horas antes! Feitos precisamente no timing certo seria o mais correto dizer!



Pronto! Acabou? Não responda agora, pois se você ligar neste momento ainda ganha... um BRIGADEIRO DE COLHER! 1 não... 8! Isso porque estávamos em 4 pessoas! Com uma textura muito boa... que ninguém sabe dizer o que é... torta, fondue, creme... enfim... coisa de louco!



Para encerrar... a própria Roberta Sudbrack conversou conosco por um bom tempo... enriquecendo mais ainda nossa experiência! Tornando-a 'mais inesquecível'... se é que existem coisas mais ou menos inesquecíveis!

Enfim... passei a admirar muito mais a profissional Roberta Sudbrack e conheci uma pessoa Roberta Sudbrack que me fez ter mais orgulho de ser brasileiro.

Roberta Sudbrack
Av. Lineu de Paula Machado, 916 - Jardim Botânico
Rio de Janeiro/RJ
Fone: (21) 3874.0139
www.robertasudbrack.com.br
Somente MasterCard

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Especial de natal: Camarões com Brie e Damasco

Demorou... mas saiu! Receita especial de natal: receita de camarão com queijo brie e damasco!!! Ok, Ok que hoje ninguém vai cozinhar nada e só requentar o que sobrou de ontem, mas fica ai a dica pra quem quiser fazer um natal fora de época no mês quem vem ou só no próximo natal mesmo... ou em qquer data que vc quiser!



- Ingredientes:
1 kg de camarões médios limpos
200 g de queijo brie
4 colheres de sopa de manteiga
1 cebola pequena picada finamente
3 colheres de sopa de vinho branco seco
1 xícara de creme de leite
1/2 xícara de caldo de camarão (pode ser tablete)
60 g de damascos
Sal e pimenta do reino.

- Modo de preparo:
Corte o queijo brie em cubos pequenos.
Coloque os damascos para reidratarem em um pouco de água quente.
Leve uma frigideira grande ao fogo e coloque 2 colheres (sopa) da manteiga, acrescente a cebola picada e refogue até que a cebola esteja macia, acrescente os cubinhos de queijo, misture e regue com o vinho branco.
Abaixe o fogo e misture bem para que o queijo derreta no vinho, regue com o caldo de camarões e misture novamente. Acrescente o creme de leite, misture bem e retire do fogo.
Deixe esfriar levemente, bata em um liquidificador e passe por uma peneira. Reserve.
Lave a frigideira, seque bem e leve ao fogo novamente.
Tempere os camarões com sal e pimenta-do-reino, coloque a manteiga restante na frigideira e aqueça bem em fogo alto, quando estiver borbulhando coloque os camarões, deixe cozinharem por 1 minuto de cada lado.
Escorra os damascos e pique grosseiramente, acrescente-os à frigideira.
Regue os camarões com o molho de brie reservado, aqueça bem, acerte o ponto de sal do molho e sirva acompanhado de arroz branco ou batatas cozidas.

Fonte: Receitas Especiais

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Salmão na grelha à moda caipira, sô!

Totalmente surpresa essa receita de salmão na grelha! Atire a primeira pedra quem já fez algo parecido. Atire... vamo lá! Quero vê se tu é bom de mira!

Salmão é bom. Na grelha, melhor ainda. À moda caipira? Vaise fu***. Sô! Para tudo! Quero logo isso pra mim! Quer sair do óbvio (escrevi isso influenviado pelo Desobvialize: faça um salmão ao invés da picanha no churrasco!



A pena foi não ter tido tempo de experimentar...

- Ingredientes:
Maomé 1,2kg de Salmão.. enfim... é o peixoto inteiro... partido.
Salsinha e cebolinha. Meio maço... ou masso.
Shoyo. 'mei liti'.
Cebola. Two. Ring cutted.

- Preparo
No mesmo saco que veio o peixe (se não vier em um saco, não adianta... o sabor muda sim), coloca a salsinha e a cebolinha, os anéis de cebola e o shoyo. Dá aquela mexida de leve e deixe marinar por 1 hora ou mais se vc tiver paciência. Mas menos de 1 ano.
Depois man, manda pra grelha com a pele ou casca ou carapuça pra baixo e espera desgrudar... e seja feliz!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Geléia de Tomate da Bia (unplugged version)

Resumindo: essa geléia de tomate é ultrè-boa! Toda a história dela pode ser lida no blog de seus criadores: Trivial ou Nem Tanto... aliás, o Mesa pra 1 está virando uma unidade do TONT...

Fato é que eu não ia gravar a receita porque a cozinha estava uma verdadeira zona e muita gente andando e conversando e criança pra lá... e criança chorando, enfim... tava um Brasil a cozinha. Mas não consegui... e fiz essa versão unplugged da geléia. Em um futuro muito breve posto a receita numa 'radio edit version', mais comercial.



Diferente de quando a conheci, a geléia estava sendo comida com pães e tal... Na minha situação, não tinha pão bom, e, se vocês perceberem, no minuto 01:38 a senhorita Giovana, que me ajudou UM POUCO, me obriga a colocar mais pimenta... que deu uma apimentada (ÓBVIO) na receita... não que tenha ficado ruim, não ficou, mas todo mundo comeu muito e, quando ingerida juntamente com a carne, ficou estonteante.

Há rumores que, gelada, com queijo brie, fica boa também.

Há outros rumores também que, todas as vezes que a geléia for feita, apesar de ela ter o mesmo sabor, psicologicamente, o sabor dela sofre uma degradação a cada vez que alguém a faça, se distaciando, cada vez, mais da obra-prima-mater feita pela Bia. Portanto façam-na poucas vezes. Por gentileza.

Ingredientes e modo de fazer

1 kg de tomates sem pele e sem sementes
1 pimenta dedo de moça picada com sementes.
1/2 kg de açúcar
1 pitada generosa de sal
Cascas de 1 limão
Suco de 1 limão
Água mineral

"O processo é muito fácil. Corte o tomate pelado e sem sementes em cubos. Se quiser menos apimentado, antes de picar a pimenta, tire as sementes. Tire a casca do limão em pedaços bem grandes, para que fique fácil você retirar da geléia depois. Tente fazer aquele espiral que geralmente se faz com a laranja. A casca do limão libera pectina, o que ajuda a gelificar.

Agora é só misturar tudo numa panela e cubra com água. Leve a fogo bem baixo e deixe ferver até virar uma geléia brilhante. Se o fogo for alto demais, o açúcar vai caramelizar muito cedo, antes do ponto certo. Então é só colocar mais água, até atingir o ponto certo, com bastante brilho (aproximadamente 2 horas de fogo baixo)."

ps: o movie maker deu uns pau durante a edição... se o vídeo estiver 'louco', é 'normal'. estava sem paciência pra editar bonitinho tudo novamente.
ps2: E nessa semana, mais 2 receitas de churrasco pra vocês pessoal!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Jantar mediterrâneo

Você já viu aqui a receita do gnochi alla mediterrânea e agora vai ver mais do mesmo.

Reparei que se o prato tem o peixe vieira em sua composição, é o que basta para ser considerado mediterrâneo.

O fato é que, cheguei em casa por volta da meia-noite de segunda para terça-feira e encontrei o pessoal em casa ultré-cozinhando. Eu não pude deixar barato, né... entrei e participei.

E agora... pra dar aquela de Jack Bauer, os eventos a seguir ocorreram entre às 0:00h e 03:00h do dia 8 de Dezembro de 2009.



Para explicar: ganhei um livro chamado "101 platos mediterráneos" e o pessoal resolveu fazer o Cuscús especiado con hierbas y almendras e Picadillo de tomate con vieiras.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Risoto de açafrão, abobrinha e cebola roxa

Mais uma receita enviada pelo Gabiru... parece que esse pessoal que começa a se aventurar na cozinha, depois que inventaram o arroz arbóreo e disseram que risoto se faz com ele, adora fazer risoto... porque é trés chiquê isso... é trés chiquê aquilo... Manda o arbóreão pra panela, adiciona a 'mistura' e tá pronto...



Ingredientes
1 xícara de arroz arbóreo;
1 cebola roxa pequena inteira cortada em cubos;
½ abobrinha média cortada em cubos;
1 colher de chá de açafrão;
1 colher de café de tempero pronto para o caldo (sal, alho cebola, pimenta do reino);
Queijo ralado à gosto.

Modo de preparo do caldo
Ferva água e adicione 1 colher de chá de tempero pronto.
Modo de preparo do risoto
Frite em azeite bem quente o açafrão com a cebola e a abobrinha, em seguida, coloque o arroz e frite junto, sempre mexendo bem para não queimar.
Após misturar bem os ingredientes, acrescente o caldo que foi preparado previamente e tampe a panela para cozinhar. Controle sempre a água regando o risoto com o caldo para que o arroz não grude na panela e para que não fique cru.
Após alguns minutos, quando o arroz estiver cozido, desligue o fogo e acrescente queijo ralado à gosto, misture bem e sirva quente.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

X-egg versão caçulinha (Mini cheese eguinho)

Graças ao Bazzan este site ainda mantém suas raízes enraizadas na cultura caçulinha.

Prova disso é esta receita de cheese egg feita totalmente com produtos caçulinhas. Admito que fiquei decepcionado por ele não ter usado um ovo de codorna. Mas enfim... não dá pra ter tudo nessa vida. E provavelmente nem na outra.

A receita é bem simples e não tem erro...



ps: bela referência do filme Negócio Arriscado