terça-feira, 22 de setembro de 2009

Restaurant Week - La Brasserie Erick Jacquin


O almoção de domingo tinha que ser em alto estilo. Pra garantir que teria o estilo que eu mereço, fui logo cedo no La Brasserie: 11:30h já estava lá. Eu e os manobristas. Me assustei pq imaginei que teria milhares, e porque não milhões, de pessoas na fila. Mas eu acho que o estilo é tão grande que o povão nem se dá o trabalho de ir.

Tirando um otário que me disse que estava tudo lotado e que era pra voltar por volta das 13h (achando que eu realmente iria embora), falei com a hostess, que parecia e muito com a Kirsten Dunst, e obviamente fui o primeiro da fila, pois nem todas as mesas estavam reservadas, como o otário havia me dito anteriormente.

Lá pelo meio-dia, o pessoal começou a chegar, mas mesmo assim não foi necessário organizar uma fila.

Internamente o lugar é muito bonito: diferente de uma tintona verde na parede, como é o Antiquárius, tinha uns papéis de parede e a cozinha era visível, por intermédio de um vidro com umas persianas de madeira.

Sem dúvida este lugar foi o que se mostrou mais preocupado com a apresentação dos pratos.


Diferente do Antiquárius, a entrada era open bar (logo que alguma coisa acabava, o garçon trazia mais) e tinha um pão bem gostoso, juntamente com um lance de berinjela, cebola, pimentões e alcaparras. Mais uma vez, abri mão apenas da berinjela e mandei ver nos demais ingredientes. A manteiga e um outro patê acompanhavam. Apenas depois, mais precisamente quando veio a conta, fiquei sabendo que foi cobrado R$ 10,00 por pessoa pela entrada open bar. Enfim...

Aqui, a taça de vinho eram R$ 14,00 e muito me surpreendeu quando, ao pedir o vinho branco, o tiozão me trouxe uma garrafa na temperatura ambiente. Imediatamente questionei sobre a temperatura e o bonitão se entregou, dizendo que o vinho havia sido colocado pouco tempo antes para refrigerar. Mas rapidamente se prontificou a manter a garrafa gelada e trazê-la novamente, refrigerada, junto com os pratos.

Pedi, de entrada, o bisque de crustáceos, uma espécie de sopa. Veio servido em uma cumbuca de barro feito demi-artisticamente. Estava bem saborosa. O problema aqui foi comer/beber/chupar a sopa: a colher era relativamente funda e eu não sabia se a colocava de frente ou de lado na boca... Olhei para os lados... e tinha gente fazendo dos 2 jeitos... é isso que dá quando os restaurantes finos abrem as portas pra ignorantada toda. Enfim... pulemos esta parte.

Degustei os 2 pratos principais: PANACHE DE PEIXE COM ESPUMA DE LIMÃO e BOEUF BOURGUIGNON. Pessoal... o que é especificamente um panache eu não sei, mas que o negócio é bom, ah isso é. Muito saboroso... um tempero incrivelmente bom. Acho que tinha até as folhas do dill... fresh mesmo no prato. Se não me engano 3 tipos diferentes de peixe estavam no prato. Achei a espuma de limão meio enjoativa... o sabor da manteiga saltava muito.

O 'bife' nada mais era que uns blocos de carne seca com uns pedacinhos de bacon, batata, cenoura e cogumelos no molho de vinho tinto. Bom? Sim. Saboroso? Sim... mas... tirando os cogumelos *que para todos era o melhor do prato e eu como sou chato não pude provar*, o resto você encontrava naquele buteco lá... sim... aquele que a Itaipava custa R$ 2,50. Brincadeira... o molho era muito bom.

De sobremesa, mandamos um CRÈME BRÛLÉE, a sobremesa com maior quantidade de acentos desnecessários do mundo e que, na opinião de uma pessoa que já comeu isso umas 3 vezes na vida, esse do La Brasseria foi o melhor; e pedimos uma sobremesa de chocolate também... que... era um pedaço de bolo com uma espécie de mousse em cima. Satisfatório, assim como as praias do Guarujá.

Após pagar R$ 58,00, não tinha ninguém na espera do lado de fora do restaurant.

La Brasserie Erick Jacquin
Endereço: R. Bahia, 683 - Higienópolis - São Paulo
Telefone: (11) 3826-5409
Site oficial: www.brasserie.com.br